Olá! Eu chamo-me António José Rodrigues Coutinho, tenho 35 anos de idade. Vou falar-vos de um tema que está quase esquecido para a maior parte das pessoas, é um tema que tem gerado alguma polémica entre os cidadãos portugueses…
O tema sobre o qual vos quero falar é como a sociedade vê e aceita a diferença e a deficiência. Este tema é um tanto ou quanto controverso, isto porque a sociedade não está minimamente preparada para aceitar o deficiente, assim como marginaliza o mesmo, que acaba por ser vítima de discriminação por parte do cidadão dito “normal”. Gasta-se muito dinheiro em coisas que por vezes não se justificam, como a construção de estradas e outro tipo de coisas, mas esse próprio dinheiro poderia em parte ser investido na inserção do cidadão deficiente na sociedade…
Este tema também é um tanto ou quanto problemático na medida em que não lhe é dada a devida importância. O que mais me revolta contudo é a forma como a sociedade continua a ver o cidadão deficiente.
Muitas das vezes o cidadão portador de uma deficiência sente-se mal quando vai a passar na rua, mas não só, também quando se dirige a algum estabelecimento do Estado (e todos sabemos que um deficiente tem de percorrer várias instituições para reclamar os seus direitos), onde é tratado de forma desigual, como um “coitadinho” ou um “Zé Ninguém”.
É por isto que eu digo que o cidadão portador de deficiência é vítima de injustiças por parte da sociedade, sendo que ele mesmo se sente mal perante si próprio, ou seja, sente-se envergonhado de si.
Isto revolta-me pois a sociedade não vê com “bons olhos” o cidadão deficiente, vê-o ora com indiferença, ora com preconceito e excesso de condescendência, o que repugna, sobretudo porque já fui e continuo a ser vítima de tudo isto… cada vez que me dirijo a alguma repartição pública ou particular sinto-me mal porque muitas vezes deixam de atender a pessoa que está à minha frente para me atender a mim, ao mesmo tempo que oiço as pessoas na fila a comentarem “coitadinho daquele aleijadinho”… isso caí muito mal para a pessoa que tem a deficiência, nem imaginam o quanto magoa. Por vezes basta-me olhar para o ar de pena com que me observam para perceber o que vai na cabeça da pessoa…
Os deficientes precisam que a sociedade os olhe com outros olhos, com olhos de gente, e não com olhos de indiferença e injustiça.
Ainda digo mais: há quem ainda olhe para os deficientes como cidadãos de segunda e é dessa forma que os tratam…
Porque é que a Cidadania e Empregabilidade foi tão importante para mim neste processo…
A cidadania foi muito importante para mim neste processo de reconhecimento, validação e certificação de competências porque relembrei muitas coisas que são muito importantes no nosso quotidiano e na sociedade na qual estamos inseridos. Além de reaprender, também desenvolvi muitas das competências que já tinha, como o espírito de equipa, o trabalhar em grupo, o respeitar os diferentes pontos de vista, assim como desenvolvi um pouco a capacidade de concentração, com alguns dos exercícios que tinha de resolver… tudo isto foi muito gratificante para mim e para o futuro que me espera, pois deu-me mais segurança, mais firmeza.
Quero desde já referir uma coisa muito importante neste processo: fiz novas amizades, que vou prezar muito para o resto da minha vida. É também por elas que decidi escrever este texto, com tanta dedicação e empenho.
Aproveito também para tecer alguns elogios a esta equipa maravilhosa do Centro Novas Oportunidades Gustave Eiffel, que me acompanhou neste processo, desde o início até ao fim, nomeadamente a Técnica Tânia Soares e as formadoras Cláudia Vale e Carla Garcia, que já fazem parte daquele que eu considero o meu leque de amizades. O meu bem-haja às três por me terem ajudado a chegar aqui, pois sem elas provavelmente eu teria desistido deste processo. Graças à força que me deram eu não abandonei este barco e todas as fases do processo foram muito produtivas para mim. Fizeram-me andar de cabeça bem levantada e acreditar que sou capaz de ir mais longe.
Com as sessões de formação de Cidadania aprendi a respeitar o próximo tanto como a mim mesmo e aprendi a ter mais calma, dando mais importância a coisas em que até aqui não acreditava… Talvez por isso esta área me fascine tanto.
A minha participação na celebração do Dia da Europa
No dia 9 de Maio, Dia da Europa, houve uma sessão solene de entrega de diplomas, organizada pelo Centro Novas Oportunidades Gustave Eiffel, na qual eu participei, apresentando uma pesquisa sobre Estado-Membro da União Europeia que realizei numa sessão de formação de Cidadania e Empregabilidade. Achei este dia muito engraçado, na medida em que tive de ler o meu texto sobre Malta perante algumas dezenas de pessoas que já terminaram o processo e que estavam ali para receber o seu certificado, tal como um dia irá acontecer comigo, já que espero concluir este processo com o mesmo êxito que elas.
Para mim esta participação foi muito gratificante, apesar do nervosismo, não só por estar a representar um país, como também por estar a aprender muita coisa nova, sobretudo com os outros participantes.
Achei esta iniciativa espantosa e espero que o Centro desenvolva mais iniciativas deste género no futuro.
O tema sobre o qual vos quero falar é como a sociedade vê e aceita a diferença e a deficiência. Este tema é um tanto ou quanto controverso, isto porque a sociedade não está minimamente preparada para aceitar o deficiente, assim como marginaliza o mesmo, que acaba por ser vítima de discriminação por parte do cidadão dito “normal”. Gasta-se muito dinheiro em coisas que por vezes não se justificam, como a construção de estradas e outro tipo de coisas, mas esse próprio dinheiro poderia em parte ser investido na inserção do cidadão deficiente na sociedade…
Este tema também é um tanto ou quanto problemático na medida em que não lhe é dada a devida importância. O que mais me revolta contudo é a forma como a sociedade continua a ver o cidadão deficiente.
Muitas das vezes o cidadão portador de uma deficiência sente-se mal quando vai a passar na rua, mas não só, também quando se dirige a algum estabelecimento do Estado (e todos sabemos que um deficiente tem de percorrer várias instituições para reclamar os seus direitos), onde é tratado de forma desigual, como um “coitadinho” ou um “Zé Ninguém”.
É por isto que eu digo que o cidadão portador de deficiência é vítima de injustiças por parte da sociedade, sendo que ele mesmo se sente mal perante si próprio, ou seja, sente-se envergonhado de si.
Isto revolta-me pois a sociedade não vê com “bons olhos” o cidadão deficiente, vê-o ora com indiferença, ora com preconceito e excesso de condescendência, o que repugna, sobretudo porque já fui e continuo a ser vítima de tudo isto… cada vez que me dirijo a alguma repartição pública ou particular sinto-me mal porque muitas vezes deixam de atender a pessoa que está à minha frente para me atender a mim, ao mesmo tempo que oiço as pessoas na fila a comentarem “coitadinho daquele aleijadinho”… isso caí muito mal para a pessoa que tem a deficiência, nem imaginam o quanto magoa. Por vezes basta-me olhar para o ar de pena com que me observam para perceber o que vai na cabeça da pessoa…
Os deficientes precisam que a sociedade os olhe com outros olhos, com olhos de gente, e não com olhos de indiferença e injustiça.
Ainda digo mais: há quem ainda olhe para os deficientes como cidadãos de segunda e é dessa forma que os tratam…
Porque é que a Cidadania e Empregabilidade foi tão importante para mim neste processo…
A cidadania foi muito importante para mim neste processo de reconhecimento, validação e certificação de competências porque relembrei muitas coisas que são muito importantes no nosso quotidiano e na sociedade na qual estamos inseridos. Além de reaprender, também desenvolvi muitas das competências que já tinha, como o espírito de equipa, o trabalhar em grupo, o respeitar os diferentes pontos de vista, assim como desenvolvi um pouco a capacidade de concentração, com alguns dos exercícios que tinha de resolver… tudo isto foi muito gratificante para mim e para o futuro que me espera, pois deu-me mais segurança, mais firmeza.
Quero desde já referir uma coisa muito importante neste processo: fiz novas amizades, que vou prezar muito para o resto da minha vida. É também por elas que decidi escrever este texto, com tanta dedicação e empenho.
Aproveito também para tecer alguns elogios a esta equipa maravilhosa do Centro Novas Oportunidades Gustave Eiffel, que me acompanhou neste processo, desde o início até ao fim, nomeadamente a Técnica Tânia Soares e as formadoras Cláudia Vale e Carla Garcia, que já fazem parte daquele que eu considero o meu leque de amizades. O meu bem-haja às três por me terem ajudado a chegar aqui, pois sem elas provavelmente eu teria desistido deste processo. Graças à força que me deram eu não abandonei este barco e todas as fases do processo foram muito produtivas para mim. Fizeram-me andar de cabeça bem levantada e acreditar que sou capaz de ir mais longe.
Com as sessões de formação de Cidadania aprendi a respeitar o próximo tanto como a mim mesmo e aprendi a ter mais calma, dando mais importância a coisas em que até aqui não acreditava… Talvez por isso esta área me fascine tanto.
A minha participação na celebração do Dia da Europa
No dia 9 de Maio, Dia da Europa, houve uma sessão solene de entrega de diplomas, organizada pelo Centro Novas Oportunidades Gustave Eiffel, na qual eu participei, apresentando uma pesquisa sobre Estado-Membro da União Europeia que realizei numa sessão de formação de Cidadania e Empregabilidade. Achei este dia muito engraçado, na medida em que tive de ler o meu texto sobre Malta perante algumas dezenas de pessoas que já terminaram o processo e que estavam ali para receber o seu certificado, tal como um dia irá acontecer comigo, já que espero concluir este processo com o mesmo êxito que elas.
Para mim esta participação foi muito gratificante, apesar do nervosismo, não só por estar a representar um país, como também por estar a aprender muita coisa nova, sobretudo com os outros participantes.
Achei esta iniciativa espantosa e espero que o Centro desenvolva mais iniciativas deste género no futuro.
Textos de: António José Rodrigues Coutinho,
Adulto Certificado com o Nível B3 (9º ano)
em 17/06/2008
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