Que a minha revolta é brutal!
Não porque só comas o que sobre,
Mas porque te forçam a tanto mal…
E se me revolto, indigno e grito
De raiva e dilacerante horror,
É porque te sinto sofredor, aflito,
Perdido, sem sorte, sem amor…
Deixa-me dizer-te, menino esfomeado,
Que me salta o sangue das artérias
Por te saber assim: só, abandonado…
No inferno onde vives (?) tais misérias…
E como eu odeio o mundo onde habito
Pelo que de tanto mal te força a ter!...
Por te obrigarem a estar, menino bendito,
Aí, onde a morte é mais digna que o viver!
Poema escrito pelo João Falcato, Tutor RVCC Profissional